No debate, que reuniu empresários, representantes da sociedade civil organizada e do poder público, Geiza Rocha falou também sobre a importância do envolvimento do Poder Legislativo nas práticas sustentáveis e em como a sociedade pode participar mais ativamente ao lado da política, para a preservação dos nossos recursos naturais. “Mais do que reunir temos que disponibilizar para todos informações e dados interessantes que muitas vezes ficam restritos aos pequenos grupos”, acredita.
O professor Walter Suemitsu, da COPPE/UFRJ, falou sobre a importância dos comerciantes se responsabilizaram por aquilo que vendem. Para ele, iniciativas como a logística reversa, que responsabiliza quem produz a dar a correta destinação final aos resíduos, e a responsabilidade dos estabelecimentos comerciais neste processo. “Com a logística reversa a quantidade de resíduos sólidos diminui e se cria uma responsabilidade compartilhada no que se vende e no que se compra”, afirmou.
Para o representante da Fecomércio, Orlando Pimentel, quando se fala em sustentabilidade não é necessário apenas diminuir o consumo, mas fazer as escolhas corretas. “Tudo é uma questão de escolha e decisões políticas e pessoais. Temos que pensar não só na sustentabilidade de um produto mas também em sua cadeia produtiva”, disse.
E como exemplos de empresas que pensam na sustentabilidade, Olga Bon, da Ecomoda, falou sobre os seus produtos: “Temos uma parceria com o Instituto 'Doe seu Lixo' e profissionalizamos os catadores. Com o produto reciclado fazemos novas roupas a um preço mais acessível. Também desenvolvemos tecnologias para criar novas fibras menos agressivas a natureza. Não vendemos um produto, vendemos um conceito”, afirmou.
Já Andréia Carvalho, da Papel Semente, empresa que vende um papel reciclado que contem sementes e pode ser plantado, acredita que é preciso se reinventar constantemente porque o mundo se reinventa a cada minuto. “Não podemos ter mais as mesmas respostas porque as perguntas são outras. Temos que inovar buscando sempre mobilizar a sociedade para a sustentabilidade. Não podemos ser pessimistas, temos que agir”, conclui Andréia.
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