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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MEDIR O ROI É ESSENCIAL EM PROJETOS DE TI VERDE

Brasil - As iniciativas para redução das emissões de gases de efeito estufa podem representar redução de custos e, consequentemente, maior competitividade para as empresas de tecnologia. A implantação pela indústria de políticas e estratégias que resultem na redução de poluentes pode gerar crédito de carbono, aliando o impacto socioambiental ao aumento da lucratividade.

Segundo André Luis Saraiva, diretor de responsabilidade socioambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o primeiro passo para adoção de uma política de redução de poluentes é a realização de um inventário para identificar quais áreas do negócio podem gerar créditos e, consequentemente, economia.

Nessa linha, a Vivo concluiu, em estudo, que 80% dos impactos ambientais da empresa estavam relacionados ao consumo de energia. A partir desse dado foram desenvolvidas e implantadas melhorias para a eficiência energética que podem gerar economia de até 30% na área de redes e de 10% na área de escritórios.

Além de iniciativas internas de racionalização do consumo de energia, a indústria TIC pode e estará obrigada a extrapolar os projetos para os seus consumidores, por meio da coleta e reciclagem de equipamentos. Porém, as tentativas de coleta seletiva de lixo eletrônico, especialmente bens de consumo portáteis, como celulares e laptops, ainda esbarram no alto custo da logística e na falta de conscientização da população sobre a real importância da iniciativa.

O debate sobre logística reversa – quando o fabricante é o responsável pelo descarte do produto após a venda – Forum Green Tech 2011, promovido pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações, em setembro passado, expôs boas práticas, mas criticou a morosidade do Congresso brasileiro na regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada pelo ex-presidente Lula em agosto do ano passado.

A lei que cria o novo plano de gestão de resíduos sólidos, que inclui toda a logística de produção e descarte de eletroeletrônicos, ainda não obteve consenso de todos os setores envolvidos para que seja regulamentada e possa ser colocada em prática.

Falta de escala

“O fato de não haver um sistema unificado que contribua para ganho de escala, e ainda o preço elevado para sua implantação, são dois pontos críticos”, diz Márcio Quintino, gerente sênior de responsabilidade ambiental e sustentabilidade corporativa da Philips do Brasil. Ele ressalta que o custo da logística reversa dos programas da empresa representa 70% das despesas, enquanto ganha-se apenas 30% com a reciclagem dos materiais.

A Philips defende que uma parte dessa despesa deve ser repassada ao consumidor. Além disso, a empresa sugere a união de projetos de empresas distintas por meio de associações para que haja um ganho de escala e volume na coleta dos materiais.

Uma pesquisa da Nokia, no entanto, mostra que o consumidor ainda não tem total domínio sobre os programas de reciclagem e a importância dos projetos na área de telefonia móvel. O estudo mostra que apenas 3% dos consumidores reciclam seus celulares obsoletos, enquanto 4% fazem o descarte em lixo comum, 24% transferem para conhecidos e 16% vendem os aparelhos.

As empresas também enfrentam problemas com o alto custo de reutilização dos reciclados no país. Hoje, todos os celulares, baterias e carregadores coletados nas 228 urnas do programa de sustentabilidade no Brasil são exportados para os Estados Unidos, onde são modificados e reutilizados.

A educação do consumidor e iniciativas do governo para redução dos custos de logística reversa é uma bandeira da Abinee. André Luis Saraiva, diretor de responsabilidade socioambiental da entidade, é enfático ao criticar as políticas públicas sobre o destino do lixo eletrônico, que desprezam mecanismos de financiamento, que poderiam contar com agências de fomento, e a educação dos cidadãos sobre as questões de sustentabilidade. “Isso sim é política pública, educação de uma nação e criação sustentada de uma política empresarial. Sem isso, não teremos ganho de escala que viabilize operações de logística reversa”, afirmou.

Vitrina para novos projetos

Datacenter verde do Itaú Unibanco gera economia e abre via para outras iniciativas sustentáveis

Definir métricas para avaliar o retorno sobre os investimentos (ROI) em TI verde é essencial para as empresas e também para garantir a continuidade dos projetos de sustentabilidade envolvendo tecnologia. A opinião, em tom de alerta, é do superintendente da área de TI do Itaú Unibanco, Júlio Cezar di Conti, que foi um dos palestrantes no Forum Green Tech 2011.

O executivo observa que é por meio da tangibilidade dos projetos de TI verde, ou seja, do que pode ser medido e avaliado, que se consegue mostrar o resultado para a alta direção da empresa e aos acionistas e, assim, continuar a investir na implantação de estratégias de sustentabilidade. Um dos principais benefícios obtidos com o uso de métricas de ROI é a melhoria da eficiência energética, com a iminente redução dos custos com energia.

“A eficiência energética paga a conta e mostra resultados mais tangíveis”, pontua Di Conti. Como exemplo, ele cita um projeto de modernização de um dos datacenters do banco, totalmente baseado em práticas de TI verde e com o qual o banco atingiu redução no consumo de energia de 43%. Em números, isso representou economia de R$ 500 mil por ano nos gastos com energia elétrica.

O Itaú Unibanco conta com diversas iniciativas de TI verde. A modernização do datacenter é uma das práticas de TI verde do Itaú Unibanco, que envolveu entre outras coisas a consolidação de servidores, por meio de um projeto de virtualização de praticamente a metade do parque de máquinas, e a compra de equipamentos mais eficientes em termos de consumo de energia, como desktops e servidores.

Além de critérios de TI verde na aquisição de equipamentos, o banco mantém um programa de reciclagem e descarte sustentável de lixo eletrônico, bem como o uso de um sistema de call center que dispensa a utilização de telefones tradicionais.

Para garantir a continuidade dessas estratégias, assim como para mapear, quantificar e acompanhar os projetos e identificar novas oportunidades de uso de TI verde, o Itaú Unibanco criou o Comitê de TI verde, que responde por todo o gerenciamento dos projetos e programas de sustentabilidade.

Liderança em boas práticas

HP prova que iniciativas sustentáveis geram crescimento, aumento da produtividade, diferenciação competitiva e estimulam a inovação

Cerca de 1,4 bilhão de quilowatts de energia economizados por meio de estratégias de design de desktops e notebooks, 50% de redução na quantidade de papel e plástico utilizados nas embalagens de impressoras, 100 mil toneladas de plásticos reciclados na fabricação de novos produtos de impressão, 10 mil servidores reciclados e 151 mil toneladas de hardware e suprimentos recuperados para reciclagem e revenda.

Esses foram alguns dos resultados obtidos pela HP Brasil com seu programa de sustentabilidade ambiental, que neste ano aparece como a quinta no ranking da Interbrand como a marca mais sustentável do mundo. E acaba de ser escolhida como a primeira colocada no ranking de 2011 das melhoras práticas ambientais pelo Greenpeace.

Os números foram apresentados pelo diretor de operações e sustentabilidade da HP Brasil, Kami Saidi. Segundo ele, políticas de sustentabilidade ambiental podem contribuir para amenizar as mudanças climáticas no planeta e, ao mesmo tempo, proporcionar crescimento, maior produtividade, diferenciação competitiva e inovações, entre outros benefícios.

Saidi cita um estudo do Gartner, segundo o qual o setor de TI hoje responde por apenas 2% das emissões globais de gases de efeito estufa e também contribui para reduzir as emissões do restante da economia.

Entre os principais aspectos em que a tecnologia da informação pode colaborar na direção de negócios sustentáveis, o executivo cita a redução do consumo de energia e emissão de carbono, a substituição de processos com intensa emissão de carbono por processos de baixo carbono e a possibilidade de habilitar o gerenciamento de uma economia de baixo carbono.

Os objetivos do programa de sustentabilidade ambiental da HP Brasil são atender a demanda crescente dos clientes por TI verde e as legislações governamentais, além de capturar valor. Para isso, Saidi conta que a companhia criou uma estrutura que inclui desde um comitê de governança para sustentabilidade, a estratégia de comunicação e a infraestrutura de TI, até a coleta de produtos. O papel do comitê é gerenciar as questões envolvendo conformidade, o posicionamento ambiental da marca, o engajamento dos acionistas, educação e acesso ao mercado.

Paralelamente a essa estrutura, a HP Brasil criou mais de 50 centros de serviço ao cliente e 55 HP Stores para fazer a logística reversa e a reciclagem de baterias, hardware e suprimentos. Em 2009, a empresa também montou o primeiro centro de reciclagem de cartuchos na América Latina com capacidade para processar 1,2 milhão de cartuchos por ano, provenientes do programa de coleta de cartuchos e das operações industriais da fabricante.

A cultura verde do Itaú Unibanco

Nessa entrevista, Roney Silva, diretor de Arquitetura e Infraestrutura do Banco Itaú Unibanco, cita as principais iniciativas de TI verde e a importância da sustentabilidade para a instituição financeira.

TI Inside - Em que momento o Itaú Unibanco identificou a necessidade de investir em projetos orientados à preservação ambiental (sustentabilidade) e por quê?

Rooney - O banco sempre teve uma cultura e foco em eficiência, antes mesmo do movimento de TI verde. Entretanto, em 2008, foi criado o Comitê de TI verde com objetivo de discutir ações com foco em sustentabilidade, identificar, consolidar e quantificar os ganhos gerados por estas ações e estimular que os aspectos de sustentabilidade fossem considerados nos projetos de TI.

TI Inside - Houve um crescimento significativo na coleta de lixo eletrônico ao longo de 2010. Qual foi a estratégia adotada para que isso acontecesse?

Rooney - Em 2010 foram enviados 3,8 mil toneladas de lixo eletrônico para descarte sustentável. Este volume de lixo eletrônico tem origem em prédios administrativos, rede de agências e datacenters e está fortemente relacionado ao movimento de migração das agências Unibanco para Itaú Unibanco e atualização de parque de equipamentos.

Em 2011, este volume ultrapassa 1,5 mil toneladas. Para implantação deste processo, foi realizado um trabalho de conscientização demonstrando os riscos do descarte inadequado dos equipamentos obsoletos de TI e os benefícios que poderíamos gerar para o meio ambiente, sociedade e para a corporação através da implantação de um modelo de descarte sustentável.

Desde 2009, antes mesmo da Política Nacional de Resíduos Sólidos ser sancionada, o descarte sustentável de equipamentos obsoletos é uma prática corporativa. Hoje quase 98% dos materiais são reaproveitados, retornando à cadeia produtiva, reduzindo assim a necessidade de extração de matérias primas.

TI Inside - Qual é o objetivo deste ano?

Rooney - Continuaremos buscando soluções que gerem eficiência. Como exemplo de ações podemos citar: modernização da infraestrutura de datacenters agregando maior segurança operacional e redução no uso de energia elétrica e espaço; virtualização e consolidação de servidores; ampliação das salas de telepresença e uso racional de impressão.

TI Inside - Seguindo as orientações de sustentabilidade, como está estruturado (configurado) o datacenter do Itaú Unibanco hoje?

Rooney - Existe uma grande preocupação com os aspectos de eficiência dentro de nossos datacenters, onde buscamos o equilíbrio entre disponibilidade e redução do consumo de energia, água e espaço. Para isto, temos adotado desde ações simples como organização das fileiras de racks, como a adoção de equipamentos mais eficientes, processos de virtualização e outras melhores práticas de mercado.

TI Inside - Vocês possuem métricas tanto de redução de custos quanto de benefícios ao meio ambiente do projeto como um todo? Quais são?

Rooney - Temos métricas e indicadores que nos ajudam a acompanhar a evolução e identificar pontos de melhorias. Estas métricas possibilitam quantificar os ganhos como consumo de energia e emissão de CO2. Podemos citar como exemplo o PUE (Power Usage Effectiveness), consumo de energia por servidores e emissão de CO2 evitada.

TI Inside - Quais são as orientações para novas aquisições de eletrônicos pela instituição?

Rooney - Na realidade, temos preocupação com todo o ciclo de vida do equipamento, desde o processo de manufatura até a destinação dos equipamentos no final de vida útil. Desta forma, o banco tem adotado critérios sociais e de sustentabilidade na escolha dos parceiros e aquisição de equipamentos de TI. Estes critérios consistem, basicamente, na aquisição de equipamentos fabricados conforme diretiva RoHS, que regula a utilização de substâncias potencialmente perigosas ao meio ambiente e ao ser humano. Atualmente, este critério é aplicado em alguns segmentos e está em fase de expansão.

TI Inside - Quais são os critérios de avaliação de novos produtos?

Rooney - As ações de TI verde são baseadas no tripé da sustentabilidade (Triple Bottom Line). Desta forma, as decisões são basedas em aspectos econômicos, sociais e ambientais.

TI Inside - Quais são os resultados, do ponto de vista da sustentabilidade, do investimento feito em telepresença?

Rooney - O uso das salas de telepresença tem um impacto muito positivo em índices de sustentabilidade. Deixamos de percorrer muitos quilômetros, economizamos com viagens aéreas, poupamos o meio ambiente reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, além de melhorar a qualidade de vida dos usuários. Os índices mostram isso. Em 2011, até o mês de agosto, foram realizadas 1.570 reuniões nas salas do Itaú Unibanco, com duração média de 1,5 horas por reunião. Deixaram de ser percorridos 6.035.692 km entre uso de automóvel e avião. Para o meio ambiente, deixamos de emitir 852 toneladas de CO2 e poupamos 5.380 árvores.

TI Inside - Descreva o ambiente de telepresença – número de salas, frequência de uso e outros detalhes que tenham disponíveis?

Rooney - O ambiente de telepresença no Itaú Unibanco foi criado em 2008 e hoje conta com 11 salas no Brasil e três salas internacionais (Miami, Londres e Nova Iorque). Em novembro deste ano haverá expansão de mais duas salas em São Paulo e uma sala em Lisboa. Ainda temos integração com mais 13 salas do Itaú Unibanco BBA, com salas em diversas localidades em São Paulo e outras capitais.

O Itaú Unibanco também possui contrato de serviço Business to Business (B2B) com a operadora BT, possibilitando a realização de reuniões de telepresença com outras empresas. A utilização das salas é controlada pela área de Service Desk, responsável pelo agendamento das reuniões e comunicação com os usuários.
Fonte: Ti Inside - 17.01.201

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PESQUISADORAS DA USP ESTUDAM BIODIESEL A PARTIR DE CIANOBACTÉRIAS

O cianodiesel é feito por meio das cianobactérias, um dos elementos vivos mais antigos da natureza. Foto:PROYECTO AGUA** /** WATER PROJECT

Uma pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba (SP), estuda a utilização de cianobactérias como matéria prima alternativa para a produção de biodiesel. Atualmente o biocombustível é feito a partir de óleos vegetais e animais, o que preocupa os atuais governos devido ao receio quanto à escassez de alimentos.

 

O projeto, desenvolvido em parceria entre as professoras Marli de Fátima Fiore, do Cena, e Heizir Ferreira de Castro, da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), da USP, visa extrair o lipídeo que se acumula nas células deste tipo de bactéria para transformá-lo em óleo diesel com propriedade comercial.

 

Intitulado “cianodiesel”, o novo potencial combustível deriva de um dos elementos vivos mais antigos existentes na natureza: as cianobactérias, microorganismos de aplicações biotecnológicas variadas.

 

Uma das maiores vantagens apresentadas no estudo, e que justificam as pesquisas, diz respeito à quantidade de óleo bruto que pode ser extraído em escala industrial. Segundo as pesquisadoras, enquanto o milho produz 168 litros de óleo por hectare plantado, os microrganismos fotossintetizantes podem produzir algo em torno de 140 mil litros por hectare.

 

Caroline Pamplona, uma das pesquisadoras do estudo, acredita que o aproveitamento das propriedades das cianobactérias, poderão ser grandes geradoras de energia no futuro. “A engenharia genética pode contribuir com o desenvolvimento de sistemas biológicos novos e mais eficientes, aumentando a viabilidade do cianodiesel”, apontou ao blog do Cena.

No entanto, a pesquisadora afirmou que a transição será demorada e enfrentará diversos desafios tecnológicos e políticos.

Fonte:  Publicado originalmente no site EcoD.

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

TECNOLOGIAS LIMPAS AVANÇAM MESMO COM CRISE ECONÔMICA

Os investimentos privados em baixo carbono alcançaram US$ 8,99 bilhões em 2011, uma alta de 13% em relação ao ano anterior, e a projeção é de que em 2012 sejam ultrapassados todos os recordes registrados, afirma o Cleantech Group

A economia mundial passou um período de grandes turbulências em 2011, com a Europa atravessando o que é possivelmente a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos enfrentando muitas dificuldades internas, com um alto índice de desemprego e endividamento. Isso torna ainda mais relevantes os números positivos apresentados nesta semana pelos setores de baixo carbono.

Segundo o levantamento do Cleantech Group, uma companhia norte-americana de pesquisas sobre o mercado de tecnologias limpas, os investimentos coorporativos e de risco em energias renováveis e outros setores de baixo carbono em 2011 foram de US$ 8,99 bilhões, resultado que fica abaixo apenas dos US$ 9,5 bilhões registrados em 2008.

Além disso, as aquisições e fusões do setor alcançaram a espantosa marca de US$ 41,2 bilhões, uma alta de 153% com relação a 2010, resultado de 391 negociações.

A maior aquisição ficou por conta da DuPont, que pagou US$ 6,3 bilhões pela Danisco, uma empresa dinamarquesa de biotecnologia.

“Apesar dos problemas econômicos mundiais, os investidores continuam acreditando nas tecnologias limpas. Levando em conta nossos dados recentes, acreditamos que 2012 apresentará o recorde histórico em investimentos em baixo carbono”, afirmou Sheeraz Haji, CEO do Cleantech Group.

Entre os setores que mais receberam recursos estão a energia solar, com US$ 1,81 bilhões, a eficiência energética, US$ 1,46 bilhões, e o transporte limpo, US$ 1,12 bilhões. 

A eficiência energética foi a mais popular, com 150 acordos de financiamento. O setor solar apresentou 111 acordos e o armazenamento de energia 61.

O maior negócio de eficiência energética foi conseguido pela OSIsoft, que levantou US$ 135 milhões para seus projetos de infraestrutura e smart grid na Califórnia.

Também do estado mais rico dos EUA veio o destaque do setor solar, com a BrightSource Energy arrecadando US$ 201 milhões para desenvolver a tecnologia de energia solar concentrada para geração elétrica.

Entre as regiões, a América do Norte lidera absoluta em quantidade de investimentos privados com US$ 6,8 bilhões, uma alta de 31% com relação a 2010. A Califórnia segue sendo o destino preferido dos recursos, recebendo 54% desse total, US$ 3,7 bilhões.

 A notícia ruim é a queda de 30% nos investimentos na Europa e em Israel, que somados alcançaram US$ 1,3 bilhões. O número de acordos também caiu, sendo registrados apenas 172 contra os 256 em 2010.

Enquanto os Estados Unidos dominam os investimentos privados, a China está se consolidando como a potência mundial em tecnologias limpas por causa dos recursos públicos; foram mais de US$ 9,6 bilhões em 2011. Apenas a Sinohydro, estatal hidroelétrica, recebeu US$ 2,12 bilhões.

Apesar do Cleantech Group não disponibilizar informações sobre o Brasil, o país recentemente foi reconhecido pela consultoria Ernst & Young como um dos 10 mais atrativos para investimentos em renováveis.

Fonte: 12/01/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Cleantech Group

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TECNOLOGIAS LIMPAS AVANÇAM MESMO COM CRISE ECONÔMICA

Os investimentos privados em baixo carbono alcançaram US$ 8,99 bilhões em 2011, uma alta de 13% em relação ao ano anterior, e a projeção é de que em 2012 sejam ultrapassados todos os recordes registrados, afirma o Cleantech Group

A economia mundial passou um período de grandes turbulências em 2011, com a Europa atravessando o que é possivelmente a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos enfrentando muitas dificuldades internas, com um alto índice de desemprego e endividamento. Isso torna ainda mais relevantes os números positivos apresentados nesta semana pelos setores de baixo carbono.

Segundo o levantamento do Cleantech Group, uma companhia norte-americana de pesquisas sobre o mercado de tecnologias limpas, os investimentos coorporativos e de risco em energias renováveis e outros setores de baixo carbono em 2011 foram de US$ 8,99 bilhões, resultado que fica abaixo apenas dos US$ 9,5 bilhões registrados em 2008.

Além disso, as aquisições e fusões do setor alcançaram a espantosa marca de US$ 41,2 bilhões, uma alta de 153% com relação a 2010, resultado de 391 negociações.

A maior aquisição ficou por conta da DuPont, que pagou US$ 6,3 bilhões pela Danisco, uma empresa dinamarquesa de biotecnologia.

“Apesar dos problemas econômicos mundiais, os investidores continuam acreditando nas tecnologias limpas. Levando em conta nossos dados recentes, acreditamos que 2012 apresentará o recorde histórico em investimentos em baixo carbono”, afirmou Sheeraz Haji, CEO do Cleantech Group.

Entre os setores que mais receberam recursos estão a energia solar, com US$ 1,81 bilhões, a eficiência energética, US$ 1,46 bilhões, e o transporte limpo, US$ 1,12 bilhões. 

A eficiência energética foi a mais popular, com 150 acordos de financiamento. O setor solar apresentou 111 acordos e o armazenamento de energia 61.

O maior negócio de eficiência energética foi conseguido pela OSIsoft, que levantou US$ 135 milhões para seus projetos de infraestrutura e smart grid na Califórnia.

Também do estado mais rico dos EUA veio o destaque do setor solar, com a BrightSource Energy arrecadando US$ 201 milhões para desenvolver a tecnologia de energia solar concentrada para geração elétrica.

Entre as regiões, a América do Norte lidera absoluta em quantidade de investimentos privados com US$ 6,8 bilhões, uma alta de 31% com relação a 2010. A Califórnia segue sendo o destino preferido dos recursos, recebendo 54% desse total, US$ 3,7 bilhões.

 A notícia ruim é a queda de 30% nos investimentos na Europa e em Israel, que somados alcançaram US$ 1,3 bilhões. O número de acordos também caiu, sendo registrados apenas 172 contra os 256 em 2010.

Enquanto os Estados Unidos dominam os investimentos privados, a China está se consolidando como a potência mundial em tecnologias limpas por causa dos recursos públicos; foram mais de US$ 9,6 bilhões em 2011. Apenas a Sinohydro, estatal hidroelétrica, recebeu US$ 2,12 bilhões.

Apesar do Cleantech Group não disponibilizar informações sobre o Brasil, o país recentemente foi reconhecido pela consultoria Ernst & Young como um dos 10 mais atrativos para investimentos em renováveis.

Fonte: 12/01/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Cleantech Group

TECNOLOGIAS LIMPAS AVANÇAM MESMO COM CRISE ECONÔMICA

Os investimentos privados em baixo carbono alcançaram US$ 8,99 bilhões em 2011, uma alta de 13% em relação ao ano anterior, e a projeção é de que em 2012 sejam ultrapassados todos os recordes registrados, afirma o Cleantech Group

A economia mundial passou um período de grandes turbulências em 2011, com a Europa atravessando o que é possivelmente a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos enfrentando muitas dificuldades internas, com um alto índice de desemprego e endividamento. Isso torna ainda mais relevantes os números positivos apresentados nesta semana pelos setores de baixo carbono.

Segundo o levantamento do Cleantech Group, uma companhia norte-americana de pesquisas sobre o mercado de tecnologias limpas, os investimentos coorporativos e de risco em energias renováveis e outros setores de baixo carbono em 2011 foram de US$ 8,99 bilhões, resultado que fica abaixo apenas dos US$ 9,5 bilhões registrados em 2008.

Além disso, as aquisições e fusões do setor alcançaram a espantosa marca de US$ 41,2 bilhões, uma alta de 153% com relação a 2010, resultado de 391 negociações.

A maior aquisição ficou por conta da DuPont, que pagou US$ 6,3 bilhões pela Danisco, uma empresa dinamarquesa de biotecnologia.

“Apesar dos problemas econômicos mundiais, os investidores continuam acreditando nas tecnologias limpas. Levando em conta nossos dados recentes, acreditamos que 2012 apresentará o recorde histórico em investimentos em baixo carbono”, afirmou Sheeraz Haji, CEO do Cleantech Group.

Entre os setores que mais receberam recursos estão a energia solar, com US$ 1,81 bilhões, a eficiência energética, US$ 1,46 bilhões, e o transporte limpo, US$ 1,12 bilhões. 

A eficiência energética foi a mais popular, com 150 acordos de financiamento. O setor solar apresentou 111 acordos e o armazenamento de energia 61.

O maior negócio de eficiência energética foi conseguido pela OSIsoft, que levantou US$ 135 milhões para seus projetos de infraestrutura e smart grid na Califórnia.

Também do estado mais rico dos EUA veio o destaque do setor solar, com a BrightSource Energy arrecadando US$ 201 milhões para desenvolver a tecnologia de energia solar concentrada para geração elétrica.

Entre as regiões, a América do Norte lidera absoluta em quantidade de investimentos privados com US$ 6,8 bilhões, uma alta de 31% com relação a 2010. A Califórnia segue sendo o destino preferido dos recursos, recebendo 54% desse total, US$ 3,7 bilhões.

 A notícia ruim é a queda de 30% nos investimentos na Europa e em Israel, que somados alcançaram US$ 1,3 bilhões. O número de acordos também caiu, sendo registrados apenas 172 contra os 256 em 2010.

Enquanto os Estados Unidos dominam os investimentos privados, a China está se consolidando como a potência mundial em tecnologias limpas por causa dos recursos públicos; foram mais de US$ 9,6 bilhões em 2011. Apenas a Sinohydro, estatal hidroelétrica, recebeu US$ 2,12 bilhões.

Apesar do Cleantech Group não disponibilizar informações sobre o Brasil, o país recentemente foi reconhecido pela consultoria Ernst & Young como um dos 10 mais atrativos para investimentos em renováveis.

Fonte: 12/01/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Cleantech Group

TECNOLOGIAS LIMPAS AVANÇAM MESMO COM CRISE ECONÔMICA

Os investimentos privados em baixo carbono alcançaram US$ 8,99 bilhões em 2011, uma alta de 13% em relação ao ano anterior, e a projeção é de que em 2012 sejam ultrapassados todos os recordes registrados, afirma o Cleantech Group

A economia mundial passou um período de grandes turbulências em 2011, com a Europa atravessando o que é possivelmente a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos enfrentando muitas dificuldades internas, com um alto índice de desemprego e endividamento. Isso torna ainda mais relevantes os números positivos apresentados nesta semana pelos setores de baixo carbono.

Segundo o levantamento do Cleantech Group, uma companhia norte-americana de pesquisas sobre o mercado de tecnologias limpas, os investimentos coorporativos e de risco em energias renováveis e outros setores de baixo carbono em 2011 foram de US$ 8,99 bilhões, resultado que fica abaixo apenas dos US$ 9,5 bilhões registrados em 2008.

Além disso, as aquisições e fusões do setor alcançaram a espantosa marca de US$ 41,2 bilhões, uma alta de 153% com relação a 2010, resultado de 391 negociações.

A maior aquisição ficou por conta da DuPont, que pagou US$ 6,3 bilhões pela Danisco, uma empresa dinamarquesa de biotecnologia.

“Apesar dos problemas econômicos mundiais, os investidores continuam acreditando nas tecnologias limpas. Levando em conta nossos dados recentes, acreditamos que 2012 apresentará o recorde histórico em investimentos em baixo carbono”, afirmou Sheeraz Haji, CEO do Cleantech Group.

Entre os setores que mais receberam recursos estão a energia solar, com US$ 1,81 bilhões, a eficiência energética, US$ 1,46 bilhões, e o transporte limpo, US$ 1,12 bilhões. 

A eficiência energética foi a mais popular, com 150 acordos de financiamento. O setor solar apresentou 111 acordos e o armazenamento de energia 61.

O maior negócio de eficiência energética foi conseguido pela OSIsoft, que levantou US$ 135 milhões para seus projetos de infraestrutura e smart grid na Califórnia.

Também do estado mais rico dos EUA veio o destaque do setor solar, com a BrightSource Energy arrecadando US$ 201 milhões para desenvolver a tecnologia de energia solar concentrada para geração elétrica.

Entre as regiões, a América do Norte lidera absoluta em quantidade de investimentos privados com US$ 6,8 bilhões, uma alta de 31% com relação a 2010. A Califórnia segue sendo o destino preferido dos recursos, recebendo 54% desse total, US$ 3,7 bilhões.

 A notícia ruim é a queda de 30% nos investimentos na Europa e em Israel, que somados alcançaram US$ 1,3 bilhões. O número de acordos também caiu, sendo registrados apenas 172 contra os 256 em 2010.

Enquanto os Estados Unidos dominam os investimentos privados, a China está se consolidando como a potência mundial em tecnologias limpas por causa dos recursos públicos; foram mais de US$ 9,6 bilhões em 2011. Apenas a Sinohydro, estatal hidroelétrica, recebeu US$ 2,12 bilhões.

Apesar do Cleantech Group não disponibilizar informações sobre o Brasil, o país recentemente foi reconhecido pela consultoria Ernst & Young como um dos 10 mais atrativos para investimentos em renováveis.

Fonte: 12/01/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Cleantech Group

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

RUMO À RIO+20: O ANO DE 2012 SERÁ REPLETO DE OPORTUNIDADES PARA IMPULSIONAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2012 também marca o 40º aniversário do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

A Rio+20, formalmente chamada de Conferência a ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, se realizará na última semana de junho e abordará dois temas abrangentes: a Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza e o Quadro Institucional para o Desenvolvimento Sustentável.

Prevista para ser uma reunião de cúpula envolvendo chefes de Estado, a Conferência acontecerá 20 anos após a Cúpula da Terra de 1992 — que estabeleceu o caminho para o desenvolvimento sustentável e criou tratados de mudança do clima, biodiversidade e desertificação — e 40 anos após a Conferência de Estocolmo, que levou à criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. 2012 marca, portanto, o 40º aniversário do PNUMA.

O ano de 2012 também foi designado como o “Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos” pela Assembleia Geral da ONU. O Ano visa a criar um ambiente favorável para a promoção e uso de tecnologias de energia renovável, incluindo medidas para melhorar o acesso a elas.

Diversas iniciativas percorrerão o caminho rumo à Rio+20 durante o primeiro semestre do ano, oferecendo oportunidades para afinar as discussões sobre desenvolvimento sustentável da conferência.

Agenda Preliminar

Janeiro

  • II Sessão da Assembleia da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. 14-15 de janeiro.
  • V Cúpula Mundial sobre o Futuro da Energia (WFES). Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. 16-19 de janeiro.
  • Conferência Global sobre a Conexão entre Terra e Mar (GLOC): Em busca de economias costeiros mais verdes. Durante o evento, o PNUMA lançará o relatório “Economia Verde em um Planeta Azul”. Manila, Filipinas. 23-24 de janeiro.
  • Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial. 25-29 Janeiro. Davos, Suíça.
  • Encontro intergovernamental para a negociação e ratificação do Panorama Global Ambiental 5 para Formuladores de Políticas. Gwanju, República da Coreia. 30 de janeiro a 01 de fevereiro.

Fevereiro

  • XVIII Fórum de Ministros do Meio Ambiente da América Latina e Caribe. Quito, Equador. 31 de janeiro a 03 de fevereiro.

Durante o Fórum, os Ministros revisarão a implementação dos compromissos e acordos da Rio-92 e deliberarão sobre questões prioritárias e emergentes a serem levadas pela região à Rio+20.

Eles também deverão discutir a cooperação em Consumo e Produção Sustentável, Indicadores Ambientais e o caminho a seguir na negociação de um acordo regional sobre poluição atmosférica.

  • A Assembleia Geral da ONU fará um debate temático sobre as preparações para a Rio+20. Nova York, EUA.
  • O PNUMA, em cooperação com o Conselho Empresarial Global para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), irá promover uma cúpula global sobre a perspectiva empresarial sobre o crescimento sustentável. Nova York, EUA. 14-16 de fevereiro.
  • XII Sessão Especial do Conselho Governamental/Fórum Global de Ministros do Meio Ambiente. Nairóbi, Quênia. 20-22 de fevereiro.

Durante o evento, o PNUMA lançará o GEO-5 – Síntese para Formuladores de Políticas, como contribuição para a Rio+20.

Março

  • Bancos, seguradoras e investidores da América do Norte se reunirão no GLOBE 2012. Vancouver, Canadá. 14-16 de março.
  • O Dia Mundial da Água terá como tema “Água e Segurança Alimentar”. 22 de março.
  • A Universidade da ONU (UNU), em colaboração com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o Departamento de Mudança do Clima e Eficiência Energética da Austrália, a Convenção de Diversidade Biológica (CBD) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), organizarão um encontro com Comunidades Indígenas sobre Mitigação da Mudança do Clima. Cairns, Austrália. 26-28 de março.

Abril

  • II Encontro do Comitê Intergovernamental do Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e Partilha Equitativa de Benefícios Provenientes de sua Utilização. Delhi, Índia. 9-13 abril.
  • II Sessão Plenária da Plataforma Intergovernamental de Serviços dos Ecossistemas e da Biodiversidade (IPBES). Panamá. 16-21 de abril.

MaioExpo 2012. Yeosu, República da Coreia. 12 de maio a 12 de agosto.

  • V Sessão do Encontro das Partes do Acordo de Aves Marinhas Euro-Africanas. La Rochelle, França. 14-18 de maio.
  • Dia Internacional da Biodiversidade, sob o tema “Biodiversidade Marinha”. 22 de maio.
  • II Encontro Internacional sobre Adaptação à Mudança do Clima, organizado pela Universidade do Arizona (EUA) e pelo PNUMA. Tucson, EUA. 29-31 maio.

Junho

  • Congresso Mundial de Justiça, Governança e Direito para Sustentabilidade Ambiental. Rio de Janeiro, Brasil. 1-3 junho.
  • Com o tema “Economia Verde: Ela te inclui?”, o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2012 será sediado pelo Brasil duas semanas antes da Rio+20. A semana do meio ambiente será preenchida com eventos em todo o país. 4-10 de junho.
  • Terceira e última reunião preparatória para a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Rio de Janeiro, Brasil. 13-15 de junho.
  • O Fórum Global de Oceanos organizará atividades para o Dia dos Oceanos durante os dias que precedem a Rio+20.
  • Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Rio de Janeiro, Brasil. 20-22 junho.