A Prefeitura leiloou nesta  terça-feira (12/6) na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo  (BM&F Bovespa) um lote de 531.642 toneladas de crédito de carbono  provenientes do Projeto Bandeirantes de Gás de Aterro e Geração de Energia. A quantia  total arrecadada, cerca de 4,5 milhões de reais, será investida em projetos de  melhorias das áreas do entorno de aterros sanitários. 
A Prefeitura leiloou nesta  terça-feira (12/6) na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo  (BM&F Bovespa) um lote de 531.642 toneladas de crédito de carbono  provenientes do Projeto Bandeirantes de Gás de Aterro e Geração de Energia.  Cinco empresas se inscreveram para participar do leilão, mas apenas três deram  lances. A empresa vencedora, a suíça Mercuria Energy Trading SA, pagou 3,30  euros por tonelada, em um agio de 22,22% em relação ao preço mínimo, de 2,70  euros. A quantia total arrecadada, cerca de 4,5 milhões de reais, será  investida em projetos de melhorias das áreas do entorno de aterros sanitários.  O secretário municipal de Finanças avaliou o leilão como um sucesso.  “Conseguimos uma oferta significativa que será aplicada em melhorias  ambientais necessárias à população que reside próxima aos aterros”, disse  o secretário, que também estimou um prazo de 45 dias para a liberação do montante  ao município. “A empresa já ganhou outros leilões da Prefeitura e já tem  registro na ONU. Então, consequentemente, a liberação do recurso ocorrerá com  maior rapidez”, explicou. O dinheiro arrecadado com a venda dos créditos  é sempre direcionado ao Fundo Especial do Meio Ambiente (FEMA), e, assim,  revertido para projetos ambientais. De acordo com o secretário municipal do  Verde e Meio Ambiente já há um projeto escolhido como destino para o dinheiro arrecadado  com o terceiro leilão de créditos de carbono. 
“Os recursos serão  aplicados no Parque Linear Perus, na região da Zona Norte”, disse. O  local de construção, uma área equivalente ao Parque do Ibirapuera, foi  escolhido para beneficiar moradores que vivem no entorno do Aterro Sanitário  Bandeirantes. O projeto prevê a construção de uma praça acervo, mirante,  viveiro, além de equipamentos públicos de lazer, esporte e  entretenimento.  Apesar de funcionar como um pólo de lazer para a comunidade, o objetivo maior  da obra é acabar com as enchentes em Perus. Para tanto, também está programada  no projeto a reservação e ampliação da Bacia do Córrego do Perus. Esse é o terceiro  leilão de Créditos de Carbono organizado pela Prefeitura de São Paulo. O  primeiro, ocorrido em setembro de 2007, vendeu um lote de 808.450 toneladas  provenientes também do Aterro Bandeirantes do período de dezembro de 2003 a dezembro  de 2006, com a arrecadação de 34 milhões de reais.
O segundo, que ocorreu em  setembro de 2008, rendeu 37 milhões de reais e ofertou dois lotes distintos, um  com 454.343 créditos procedentes do Aterro Bandeirantes do período de janeiro  de 2007 a março de 2008, e o outro, com 258.657 créditos gerados no Aterro São  João, entre março de 2007 e março de 2008. Geração e venda dos Créditos de  Carbono Os créditos leiloados foram gerados por meio de um projeto de  aproveitamento dos gases produzidos por aterros sanitários. A decomposição do  lixo produz o biogás, mistura que contém metano e dióxido de carbono. Nos  aterros Bandeirantes, na Zona Norte, e São João, na Zona Leste, o metano é  captado, compactado e transformado em fonte de energia elétrica. A usina do  aterro Bandeirantes tem capacidade para produzir 175 mil Mwh/ano. Vale destacar  que o leilão em questão é proveniente apenas do Aterro Bandeirantes. Esse  sistema evita a liberação anual de mais de um milhão de toneladas de metano na  atmosfera e minimiza os riscos de explosão nos aterros. Cada tonelada de metano  que deixa de ser despejada no ar gera um crédito de carbono, que certifica a  redução de poluição. Para obter este certificado, o projeto foi credenciado  junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e apresenta relatórios regularmente  sobre suas atividades. 
A captação e queima do metano nos  aterros sanitários municipais Bandeirantes e São João, a partir de duas usinas  de biogás, permite a emissão de créditos de carbono pela United Nations  Framework Convention on Climate Change (UNFCC). Todo o processo do leilão é on-line,  tornando-o mais barato e transparente. Para participar, os compradores se  cadastram na Bovespa, que inclui a apresentação de documentação e de garantias  financeiras. O preço mínimo de venda é definido na véspera, por uma fórmula que  se baseia na média das últimas cinco cotações de créditos de carbono do mercado  europeu. No dia do leilão, os compradores têm 60 minutos para apresentarem seus  lances e o vencedor é conhecido. Destinação da verba dos leilões Após o pagamento  e a transferência dos créditos, os recursos são encaminhados ao FEMA e investidos  em melhorias ambientais e de qualidade de vida para a população vizinha dos  aterros. Há dois projetos distintos, separados de acordo com os dois aterros  sanitário da cidade. 
O projeto Bandeirantes financia  intervenções na região das    subprefeituras Perus e Pirituba/Jaraguá. Para  decidir como os recursos serão aplicados, ocorrem discussões que envolvem a administração  pública e a população. As propostas são discutidas pelo Conselho do Fundo  Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Confema). O parque Anhanguera,  na região de Perus, foi um dos espaços verdes beneficiados pelo projeto  Bandeirantes. Receberá uma Escola de Marcenaria, um Viveiro e continuação da obra  de ampliação do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres. 
Também na Zona Norte, haverá a  implantação do Parque Linear Perus, localizado próximo do córrego Ribeirão  Perus. Na Zona Leste, está prevista a instalação do Parque Nebulosas e do Parque  Limoeiro. Já estão em execução a implantação do sistema hidráulico, da  iluminação e do cercamento do Parque Sapopemba. Outro projeto que recebe os  recursos é a urbanização da favela Bamburral, em Perus, que inclui infraestrutura,  espaços comunitários, canalização de córrego e a construção de quatro blocos  lineares, que abrigarão 260 unidades habitacionais para atender famílias que  serão removidas de áreas de risco. Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/index.ph\p?p=49955
 
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