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domingo, 13 de maio de 2012

COMUNICAÇÃO AMBIENTAL - ENCONTROS MOBILIZAM COMUNIDADES E DESTACAM IMPORTÂNCIA DO PORTO SUL

O governo da Bahia está realizando durante esta semana reuniões preparatórias para audiências públicas  para apresentação do Relatório de Impacto Ambiental  (EIA-Rima) do Porto Sul e do projeto do empreendimento. As audiências acontecerão entre os dias 28 deste mês e 2 de junho, em Itacaré, Uruçuca, Itabuna, Itajuípe, Coaraci e Barro Preto, municípios na área de abrangência do Porto Sul.

 

As reuniões estão sendo realizadas nas seis cidades onde serão feitas as audiências e, além de apresentar o projeto a lideranças políticas, empresariais e comunitárias, mobilizam a sociedade organizada para as audiências públicas. Em Itabuna, o encontro, ocorrido na tarde de terça-feira (8), reuniu cerca de 150 pessoas na Câmara de Vereadores.

 

Em outubro de 2011, a audiência pública no Centro de Convenções de Ilhéus reuniu 3.700 pessoas, sendo considerada pelo próprio Ibama uma das maiores realizadas pelo órgão em todo o Brasil.

 

O coordenador de Articulação Social da Secretaria Estadual de Relações Institucionais (Serin), Roque Peixoto, afirmou que as reuniões nos municípios, além de esclarecer sobre o projeto, ampliam a mobilização para as audiências públicas. “As reuniões têm sido bastante representativas, o que demonstra o interesse da comunidade no projeto e cria uma ótima expectativa para as audiências públicadas

 

Ambientalista e presidente do Grupo de Resistência às Agressões ao Meio Ambiente (Grama), Walmir do Carmo, disse que esses encontros servem para que a comunidade conheça o projeto do Porto Sul em toda a sua abrangência. A obra é muito importante para a região, por causa das garantias de que os impactos ambientais sejam compensados. Nesse processo é fundamental a participação da sociedade organizada".

 

Acompanhamento do processo de implantação

 

Para a professora Marta Maria dos Santos, ao tomar consciência do projeto, o cidadão passa a acompanhar todo o processo de implantação do empreendimento. Com certeza, Itabuna e região só têm a ganhar com o Porto Sul, superando um grande período de estagnação

 

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Itabuna e coordenador estadual da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira, Eduardo Fontes, afirmou que as audiências são fundamentais para dar transparência ao processo. Esperamos que a obra seja agilizada com a obtenção do licenciamento do Ibama. Segundo ele, Itabuna é uma cidade-polo comercial e de prestação de serviços e será diretamente beneficiada com a implantação do Porto Sul e da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), já que atrai consumidores de toda a região".

 

O diretor da Faculdade de Ciência e Tecnologia em Itabuna, Cristiano Lobo, explicou que o governo da Bahia está  oferecendo a oportunidade para que se possa conhecer o projeto do Porto Sul e o processo de licenciamento. Itabuna é um grande polo de ensino superior e é preparada para a capacitação de mão de obra, através de cursos de graduação nas áreas de engenharia, logística e segurança no trabalho

 

O presidente da Câmara Municipal de Itabuna, Ruy Machado, declarou que as reuniões preparatórias e as audiências públicas permitem que todos os segmentos da sociedade tomem conhecimento da dimensão do Porto Sul e de seu impacto positivo para o desenvolvimento regional. Ele destacou que “a presidenta Dilma Rousseff e o governador Jaques Wagner estão dotando o sul da Bahia dos maiores empreendimentos em logística e infraestrutura do estado, já que, além do Porto Sul, serão implantados a Ferrovia Oeste-Leste, um novo aeroporto e a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna

 

Os investimentos para implantação do Porto Sul são de R$ 2,4 bilhões, com a geração de cerca de 2.500 empregos diretos e indiretos na fase de construção.

EU ETS REGISTRA USO EXPRESSIVO DE RCES E ERUS EM 2011

Empresas utilizaram 254,6 milhões de toneladas em compensações de emissão sob o mercado de carbono europeu no ano passado, um salto de 86% em relação a 2010, reflexo das restrições qualitativas e preços atrativos

 

A Comissão Europeia acaba de divulgar os dados referentes às unidades cobertas pelo seu esquema de comércio de emissões (EU ETS), que revelaram o uso 86% maior de créditos de compensação para cumprimento de suas cotas de emissão.

 

Os números somam 178,8 milhões de Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) e 75,8 milhões de Unidades de Emissão Reduzidas (ERUs), estando de acordo com as estimativas dos analistas que acompanham o mercado. Ambos os créditos são equivalentes em termos de possibilidade de uso para compensação de emissões sob o EU ETS.

 

A notícia, no entanto, não afetou o valor das RCEs para entrega em 2012, negociadas na ICE Futures Europe ainda na faixa de €3,8/t. "Não vimos nenhum impacto imediato sobre os preços", comentou Marcus Ferdinand, analista da Thomson Reuters Point Carbon.

 

O motivo do salto no uso das compensações tem muito a ver com o fato de que a partir de maio de 2013 grande parte das RCEs (cerca de 60% das emitidas atualmente), aquelas provenientes de projetos de destruição do HFC-22 e ácido adípico, não serão mais aceitas sob o esquema europeu. O crescimento na emissão de ERUs no ano passado também contribuiu muito para esta expansão.

 

O banco Barclays Capital credita ainda o aumento às altas taxas de emissão de RCEs, que por sua vez mantiveram o spread entre as EUAs e RCEs em níveis (€3 a €4) que incentivaram o seu uso. Já o desconto no valor das ERUs em relação às RCEs também elevou a sua atratividade e impulsionou a sua submissão.

 

O Deutche Bank levanta outro ponto, o piso para a negociação de RCEs chinesas, que pode ter sido uma barreira à importação para a Europa.

 

"Muitas instalações que contrataram RCEs chinesas podem ter decidido não importá-las para não pagar a taxa, em vez disso talvez tenham optado pela compra de novas RCEs no mercado, portanto, reduzindo a quantidade de RCEs disponíveis no mercado para outros players", explica o analista Mark C. Lewis.

 

Um total de 456,1 milhões de RCEs foram usadas até agora sob o EU ETS, quase a metade do total emitido nos primeiros quatro anos da segunda fase (2008-2011) do esquema.

 

Os maiores volumes destes créditos foram submetidos nos países que são os maiores emissores de gases do efeito estufa da Europa, que consequentemente podem usar as maiores cotas de compensações: Alemanha (29%), Espanha (11%), França (11%) e Polônia (10%).

 

Os setores de geração de energia e aquecimento submeteram 63% das compensações, apesar de caber a mesma lógica dos países, sendo que os maiores emissores têm as maiores cotas. Cerca de 20% das compensações foram usadas pelo setor de aço e ferro e 14% por indústrias de cimento.

 

O Deutsche Bank estima que durante a segunda fase do EU ETS, as instalações terão uma cota de uso de RCEs e ERUs da ordem de 1,43 bilhões, porém que 1,55 bilhões destes créditos serão emitidos. A demanda exterior ao EU ETS por RCEs e ERUs para cumprimento das metas do Protocolo de Quioto deve ser de 150 milhões de toneladas, portanto o banco conclui que provavelmente "não haverá RCEs e ERUs suficientes disponíveis para que as instalações cobertas pelo EU ETS usem a totalidade de sua cota para a segunda fase". Fonte: Instituto CarbonoBrasil.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

NOVOS PROCEDIMENTOS VISAM APRIMORAR MDL

Em um esforço para melhorar a comunicação com os diversos interessados, os participantes de projetos sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) podem a partir de agora pedir a marcação de consultas por telefone com o secretariado do esquema para esclarecer questionamentos identificados durante as avaliações obrigatórias no processo de registro.

Estes telefonemas, em conjunto com outras oportunidades aprimoradas para retificação da documentação durante o processo de avaliação, devem melhorar significativamente a clareza, transparência e eficiência do MDL.

A partir de 1° de maio, o secretariado começará a receber submissões relacionadas aos projetos que estão de acordo com um novo documento intitulado Project Cycle Procedure (Procedimentos para o Ciclo do Projeto, disponível apenas em inglês). Até 1 de outubro será um período de transição, onde as avaliações dos projetos serão feitas segundo os procedimentos novos e também os antigos.

A medida faz parte de uma série de melhorias que o Comitê Executivo do MDL se comprometeu a construir e implementar durante reuniões no ano passado.

Além do documento citado anteriormente, o novo quadro regulatório do MDL, adotado em novembro passado, incorpora as suas principais regras em mais dois documentos, chamados Project Standard e Validation and Verification Standard. Fonte: Carbono Brasil

domingo, 6 de maio de 2012

MIT E HARVARD SE UNEM PARA DESENVOLVER FERRAMENTA DE EAD

O edX é uma iniciativa conjunta entre o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade de Harvard para oferecer conteúdo instrucional on-line e construir uma comunidade global de estudantes em todo o mundo.

 

A plataforma tecnológica para aprendizagem on-line será o MITx, projetado pelo MIT. A interatividade será através de vídeo aulas, testes, participação em laboratórios on-line e a possibilidade de se comunicar com outros estudantes e professores. “O edX representa uma oportunidade única para através da educação on-line, melhorar a educação em nosso próprio campus e ao mesmo tempo ajudar outras escolas e instituições de ensino em todo o mundo”, disse Susan Hockfiels, Presidente do MIT.

Embora os cursos sejam gratuitos, os certificados serão emitidos somente para aqueles que forem capazes de demonstrar seus conhecimentos sobre o conteúdo do curso. Também será cobrada uma taxa que ainda não foi definida pela diretoria do edX.

Fonte: EDX ON LINE http://www.edxonline.org/

EMPRESAS SUSTENTÁVEIS SÃO MAIS LUCRATIVAS: DADOS SOBRE COMPANHIAS VERDES SERÃO DIVULGADOS NA RIO+20

O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa - que reúne as 200 ações de empresas mais líquidas, que são analisadas nos quesitos eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa - mostra que ser sustentável também pode ser mais lucrativo. Segundo dados da BM&F Bovespa, nos últimos 12 meses, até março, o indicador (que serve de parâmetro para investidores com preocupações éticas) se valorizou 5,15% enquanto o Ibovespa, o principal índice da Bolsa, apresenta queda de 5,94% no mesmo período. No ano, também até março, o ISE acumula alta de 13,82% contra uma valorização de 13,67% do Ibovespa.

 

"Há meses em que o ISE tem desempenho melhor que o Ibovespa. Em tempos de turbulência no mercado, o que se vê é que o ISE perdeu menos que o Ibovespa", ressalta Sonia Favaretto, diretora de Sustentabilidade da BM&F Bovespa.

 

Dar transparência as ações de sustentabilidade das empresas listadas na Bovespa é o objetivo de um levantamento inédito que será divulgado durante a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece em junho no Rio de Janeiro. As informações foram prestadas pelas próprias companhias e compiladas pela BM& Bovespa, com ajuda do Global Reporting Iniciative (GRI), uma ONG holandesa responsável pelas diretrizes mais utilizadas internacionalmente para a elaboração de relatórios de sustentabilidade.

 

Aquelas empresas que ainda não produzem relatórios de sustentabilidade ou documento similar terão que explicar a razão pela qual ainda não o fazem. "Hoje as empresas já estão entendendo a importância de ações de sustentabilidade, tanto que entre os emergentes o Brasil é o país com maior número de empresas com relatórios de sustentabilidade no modelo GRI", diz Sonia Favaretto.

 

Atualmente 131 empresas companhias utilizando relatórios ambientais no modelo GRI no Brasil, não necessariamente todas são de capital aberto. Ter um relatório de sustentabilidade não é obrigatório para que uma empresa possa negociar suas ações na Bovespa. Mas, a partir deste ano, a BM&F Bovespa está recomendando que as empresas indiquem no Formulário de Referência - espécie de carteira de identidade das companhias - se publicam um relatório de sustentabilidade ou um documento similar. O Formulário de Referência, que deve ser entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) até 31 de maio, traz informações relevantes para os investidores e o mercado em geral. Após compilados os dados a Bovespa se saberá com exatidão quantas empresas listadas usam formulários GRI ou outro documento. Por enquanto, não existe esse levantamento.

 

"Com a recomendação da BM&F Bovespa, chamada de 'Relate ou Explique', acreditamos que estamos dando o primeiro passo para que todas as empresas passem a pensar no assunto [a realização dos relatórios]", afirma Sonia.

 

Na Bolsa de Valores de Johanesburgo, na África do Sul, por exemplo, ter informações de sustentabilidade é um dos critérios para que uma empresa seja listada no pregão desde 2010. Na França e na Dinamarca também. Na Suécia, empresas de controle estatal também têm que apresentar esse documento.

 

Desde janeiro, a Bovespa vem sendo realizando workshops com empresas interessadas em organizar suas informações de sustentabilidade. Mais de 200 profissionais foram treinados, entre eles, representantes de companhias como Itaú Unibanco, Santander, Brookfield, Cesp, BR Foods, Braskem, Fertlizantes Heringer, Celulose Irani, EBX, OSX, Hypermarcas e Cyrella.

 

A diretora de Sustentabilidade da Bovespa afirma que é difícil encontrar atualmente uma empresa que não tenha qualquer ação de sustentabilidade. Mas, por desconhecimento, avalia Sonia, essas ações não são classificadas corretamente. Foi esse desconhecimento que levou a Bovespa a lançar uma cartilha para orientar as companhias sobre ações de sustentabilidade no dia a dia corporativo. "Algumas empresas que fazem ações de ecoeficiência, como economizar papel ou água, não classificavam essas práticas como sustentabilidade. Mas o mais importante é que cada vez mais as companhias tragam esse tipo de ação para o seu negócio. Por exemplo, um banco que empresta dinheiro para a construção de um empreendimento imobiliário numa are ambiental, deve estar atento aos critérios de sustentabilidade", destaca Sonia.

 

Dentro desse preceito de maior transparência o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) também sofrerá mudanças. Para fazer parte do indicador, as empresas precisam passar por uma avaliação feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na qual são analisados documentos e é respondido um questionário sobre as práticas da empresa. As respostas a esse formulário, no entanto, são sigilosas, o que é criticado por especialistas. Agora haverá no questionário a opção para que a empresa permita a divulgação de suas respostas. Outro ponto controverso em relação ao índice, o fato de não existir restrição à participação de qualquer setor - diferentemente do que acontece na Bolsa de Londres, por exemplo, na qual não podem participar empresas que fabricam armas, fumo ou bebidas - ainda está sem solução. "Aqui, se a empresa é legal, tem capital aberto, pode integrar o índice", defende a diretora da Bovespa. Fonte:O GLOBO

 

PROGRAMA RENOVACRED ENERGIA: ENCONTRO DE FINANCIAMENTO E POLÍTICAS DE INCENTIVO ÀS FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS DE ENERGIA ELÉTRICA

 

 

A busca de crédito e financiamento é o grande pilar para garantir nos próximos anos a expansão das fontes alternativas de energia – eólica, biomassa, PCH (pequena central hidrelétrica) e até mesmo a solar fotovoltaica – na matriz energética do país.  Hoje, o mercado já conta com algumas iniciativas com o objetivo de garantir e incentivar o aumento da participação destas fontes.

 

Além do governo federal, alguns governos estaduais, empresas e bancos públicos e privados já contam com programas ou linhas de créditos para este segmento. Estas opções existentes, bem como suas condições de crédito, disponibilidade de recursos, formas de enquadramento para a obtenção do crédito e o seu custo, estão no foco do 1º Renova-Cred Energia.

 

Até 2020, o Ministério de Minas e Energia (MME) prevê investimento de R$ 190 bilhões em geração de energia. Segundo o Plano Decenal, 55% dos recursos serão direcionados para a construção de novas hidrelétricas e os demais 45% para projetos nos segmentos de energia eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O volume que será destinado às chamadas fontes alternativas deixam bem claro a importância destas fontes para o futuro da matriz energética brasileira.

 

Ter crédito e financiamento disponíveis é um item vital para que o país consiga elevar ainda mais a presença destas fontes limpas de energia no seu parque gerador, garantindo baixos níveis de emissões e também uma energia com modicidade tarifária, como já vêm mostrando os parques eólicos nos últimos leilões de energia.

 

A necessidade cada vez maior de crédito para tirar os projetos da gaveta é o grande motivador para a realização do 1º Renova Cred Energia (1º Encontro de Financiamento e Políticas de Incentivo às Fontes Renováveis de Energia Elétrica).

RJ: COLETA SELETIVA TERÁ DE AUMENTAR ATÉ 2016

Plano estratégico estipula que a cidade deverá reciclar 900 toneladas de lixo das 9 mil produzidas diariamente. Até 2016, serviço será ampliado de 41 para 120 bairros

 

Aumentar a coleta seletiva do Rio de Janeiro de 1% para 5% era o compromisso da prefeitura até 2014. No entanto, mesmo em ano de eleições municipais, o plano estratégico da cidade sofreu uma revisão e, nele, consta o novo objetivo da prefeitura: dobrar essa meta em dois anos. Ou seja, até 2016, o Rio terá que fazer a coleta seletiva de 10% de todo o lixo produzido na capital.

 

Isso significa que, em quatro anos, a prefeitura terá que multiplicar por dez o montante de lixo hoje coletado para reciclagem, que é de apenas 1%. Em números, a coleta seletiva atinge apenas 90 toneladas das 9 mil produzidas diariamente.

 

“A meta do plano é fazer a reciclagem de 25% sobre o total de lixo passível de ser reciclado, que é de 40%. Vamos dobrar em cima da meta de 2014. É um enorme desafio”, afirmou o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório.

 

Para isso, o município terá que investir um pouco mais em logística, mas, principalmente, segundo o secretário, na conscientização da população.  “Vamos aumentar a logística da coleta, colocar mais caminhões nas ruas, de repente expandir o número de bairros atendidos, mas a grande batalha é aumentar a consciência do carioca, para termos mais pessoas ofertando esse lixo separado à Comlurb”, explicou Osório.

 

De acordo com ele, a meta para 2016 vai estar relacionada ao sucesso de 2012 a 2014. Nesses primeiros anos, serão investidos R$ 50 milhões - R$ 28 milhões da prefeitura e R$ 22 milhões do BNDES - para a construção de seis Centros de Triagem, onde será feita a separação do lixo reciclável. Desses, dois serão inaugurados este ano: um em Irajá e outro no Centro.

 

Em dois anos, os seis galpões de reciclagem não estarão trabalhando na capacidade total. Inicialmente, cada um terá cerca de 60 trabalhadores.  “Basta ter mais gente, trabalhando 24h. Até 2014, estaremos com 50%, 60% da capacidade de processamento total dos galpões e, até 2016, chegaria em 100%. Nada impede também de abrirmos novos centros”, disse Osório.

 

Frequência baixa

 

Atualmente, de acordo com a Comlurb, a coleta seletiva é realizada uma vez por semana, parcialmente, em 41 bairros. A frequência reduzida dos caminhões faz com que muitos moradores não sejam adeptos do serviço. No site há a relação das ruas atendidas.

 

O número de domicílios que fazem a separação do lixo “ainda não é o ideal”, segundo a Comlurb. A companhia diz que “falta maior consciência quanto à separação dos materiais recicláveis e o cuidado em guardá-los durante uma semana, aguardando a coleta”.

 

Até 2014, a coleta seletiva será ampliada para 120 bairros, atendidos duas vezes por semana. Segundo a secretaria, até lá, o serviço vai passar por uma área onde vivem cerca de 80% da população carioca.Fonte: O Dia/Futura Press

 

 

BOLSA VERDE CRIADA NO RIO DE JANEIRO COMEÇA A TER ADESÕES

A Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio), que está sendo desenvolvida para negociar ativos ambientais, inicia nesta quinta-feira 03 de maeio, por meio de seu site, o cadastro de intenções de compra e venda de cotas de reserva florestal. Esse é o primeiro passo para a instalação da BVRio, diz o presidente da bolsa, Pedro Moura Costa.

 

Essa fase do projeto é para mensurar o mercado brasileiro, saber quantos dos cinco milhões de proprietários rurais do país se interessam por esse mercado, que pode ser fomentado pelo novo Código Florestal e a exigência de mata nativa, a qual em alguns estados pode chegar a 80% da terra. Na avaliação de Costa, o mercado de negociação de ativos ambientais no Brasil ainda é incerto, por se tratar de um produto novo no País.

 

"O mercado brasileiro tem potencial, mas os resultados, como o volume de negócios a ser gerado, ainda não sabemos", diz Costa, que afirma não ter metas de cadastros. "Esse tipo de negociação ainda é desconhecida no Brasil", admitiu.

 

Uma transação de cotas de reserva florestal envolve basicamente duas empresas. Uma companhia que excede o mínimo de mata nativa, previsto em lei, pode transformar essa diferença em ativo ambiental, a ser vendido a outra empresa que não tenha cumprido as exigências. Ou seja, a empresa deficitária, do ponto de vista ambiental, pode adquirir cotas para se enquadrar ao Código Florestal.

 

Com o cadastro, a BVRio tem por objetivo formar demanda, oferta e preço de ativos. Após o cadastro, a bolsa pretende divulgar alguns números, como o preço médio de compra e de venda de ativos, e de hectares em oferta. Como forma de propagar a marca BVRio, Costa diz que, simbolicamente, a primeira negociação de ativo ambiental na bolsa ocorrerá durante a Rio+20, a conferência sobre desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), em junho.

 

A BVRio negocia parceria, para a definição de uma plataforma eletrônica de negociações, com a BM&FBovespa e a Cetip, além da americana Direct Edge, que planeja instalar-se no Rio e aguarda autorização CVM. "Queremos nos associar [a uma bolsa] até a Rio+20, mas isso pode atrasar um pouco", diz o presidente da BVRio.